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PARAPSICOLOGIA E A HIPNOSE.
Parapsicologia e Hipnose, duas disciplinas aparentadas, senão por seus objetivos, ao menos pelo desenrolar de suas histórias agitadas. Poucos temas científicos deram lugar a tantas controvérsias, denúncias, avanços e recuos. Quantas comissões de investigação foram criadas desde o século XIX para dar veredicto científico dos fenômenos hipnóticos e parapsicológicos; Quantos mistificadores alimentaram suas crendices na aura de aparente mistério que envolve estas disciplinas.
O fim do século XVIII viu surgir um revolucionário método de cura criado pelo Dr. Mesmer, médico de Viena, que lançaria a teoria dos fluídos ou magnetismo animal. Seus pacientes, em contato com uma tina cheia de água "magnetizada", e em contato também uns com os outros, entrariam em convulsões cada vez mais violentas até atingirem o "climax", o relax e às vezes o desaparecimento dos sintomas. Baldes com água, ímans e outros objetos mgnetizados serviam como instrumentos terapêuticos.
Porém, os fatos existem para quem não quer fechar obstinadamente os olhos. Cientistas de prestígio estudaram a hipnose, desmentiram as teorias mirabolantes de Mesmer, Puységur e outros iniciadores, mas não puderam desmentir os fatos apresentados por aqueles. Analisando os fatos, formularam teorias mais de acordo com as manifestçãoes e encarando críticas, ceticismos e dúvidas conseguiram arrancar a hipnose da feitiçaria, encantamentos e sobrenaturalismos gratuítos.
Também a Parapsicologia passou pela etapa de grosseiras interpretações dos fatos: espíritos dos mortos, demônios, entidades do aém foram tentados pela isca de pesquisadores menos avisados. Surgiram teorias que hoje consideramos ingênuas. Mas, aos poucos, o joio foi separado do trigo, chegando-se a conclusôes sólidas. A Parapsicologia ganhou um lugar ao sol no restrito mundo da Ciência uma vez que conseguiu provar definitivamente os fatos e suas relações com o ser humano vivo.
Não obstante as relações e as interpretações mais recentes, ninguém pode ainda descrever com precisão científica absoluta as modificações da personalidade e do cérebro de um indivíduo hipnotizado ou de uma pessoa no momento de uma percepção extrasensorial.
Ambas disciplinas apresentam problemas ainda não resolvidos. As duas passaram também por períodos de êxito e de decadência. E as dúvidas, objeções e críticas sobre elas lançadas devem-se também a seus contatos, às vezes demasiado frequentes, com a charlatanice, truques, comédias e ocultismo, o que levou muitos pesquisadores sérios a se afastarem destes dois campos de investigação científica tão importantes e necessários para um maior conhecimento do psiquismo humano.
A análise parapsicológica dos casos espontâneos é tão importante quanto as pesquisas de laboratório. Um naturalista poderá estudar até certo ponto o comportamento de um leão na jaula do jardim zoológico, mas esse leão enjaulado não será o mesmo que vive em liberdade nas savanas da Africa. Ao naturalista de gabinete lhe faltariam dados absolutamente essenciais para conhecer a fundo o comportamento dos animais.
Tirar conclusões da relação existente entre hipnose e parapsicologia, apenas baseados nas experiências de laboratório seria correr o risco do naturalista de zoológico; o leão não poderá mordê-lo, nem perseguí-lo, mas também não mostrará ao investigador toda sua força e comportamento.
Não é raro encontrar pessoas que identificam experiências da chamada regressão de idade, como experiências parapsicológicas. O folclore de ocorrências a respeito da "regressão de idade" é vastíssimo e, se encarado com humor, muito divertido. As primeiras tentativas de transformar um adulto de 40 anos numa criancinha de colo foram praticadas pelos americanos. Era evidente para eles que a pessoa hipnotizada e "regredida" assumia por completo as características e o comportamento de um bebê: chorava, gatinhava, tomava mamadeira, etc...
Não satisfeitos com estas proezas, conduziram o hipnotizado às paragens úmidas e quentes de seus tempos de feto. Nada permanecia oculto, era possível recordar tudo, até o momento da concepção; lembrava-se do choque doloroso que o espermatozóide incutia no óvulo.
Em meio ao entusiasmo destas práticas, só os mais sensatos advertiram que um feto nunca falou até hoje e que uma criança de 6 meses seria incapaz de saber o que o hipnotizador está querendo. Por outro lado, existia a prova que mais poderia desestimular este crescente mercado de rejuvenecimento: o adulto é capaz de imitar a posição fetal e é capaz de imitar o comportamento de uma criança, e isto de uma maneira consciente. Surgiu então a maior objeção: não estaria o adulto hipnotizado e "regredido" brincando de criancinha?
Não pretendo negar que a concentração da memória com a ajuda da hipnose permita a algumas pessoas encontrar de novo uns detalhes esquecidos ou reviver acontecimentos muito distantes e apagados de sua memória normal. Isto não seria impossível. Mas o problema está no exagero ou na mistificação de uma técnica, que às vezes pode ser útil, transformando-a na panacéia que ajudaria a curar todos os males do psiquismo. Poucos são os psicoterapeutas que se servem dela nos tratamentos de problemas psicológicos. E os que ainda a usam são conscientes de que o sujeito mesmo hipnotizado pode ser um excelente ator que usa a hipnose como palco de seus devaneios.

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