Além das Intuições

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SANSONISMO.
A palavra sansonismo deriva do nome bíblico "Sansão". O capítulo 13 do livro dos juízes narra o nascimento, a vida e as façanhas de Sansão; entre as mais conhecidas podemos enumerar o despedaçar um leão como se fosse um cabrito; com a queixada de um jumento matar mil homens; arrancar e carregar os batentes da porta de Gaza; romper todas as ataduras com que era enovelado, como se fossem teias de aranha, e por fim, derrubar, sacudindo as colunas onde se encontrava mais de três mil pessoas, perecendo todas elas com a queda e perecendo também Sansão. A força de Sansão conforme o relato do Livro Sagrado residia nos seus cabelos e uma vez raspados, perdeu totalmente sua força.
Não é nossa intenção analisar o texto do livro sagrado, em outras palaras, fazer uma exegese, mas apenas orientar para a origem do termo. Também é verdade que ninguém interpretará ao pé da letra as façanhas de Sansão que são evidentemente exageradas e não se poderia justificar uma ação direta de Deus para matar tantos inimigos de Sansão e de Israel. O texto sagrado queria insinuar que Sansão era um homem ágil, forte e temido, mais que os homens de seu tempo.
Paralelo idêntico e conteúdo semelhante encerram a palavra "hercúleo". Hércules, herói grego, filho de Júpiter e da mortal Alomena. Para expiar seus crimes, ofereceu seus serviços ao Rei Eristeu que lhe determinou doze trabalhos, todos eles superando qualquer possibilidade humana. O décimo, por exemplo, era buscar os bois de Geridião na Eritréia, uma ilha do oceano ocidental. Em seu caminho, pertiu ao meio uma montanha e assim formou o estreito de Gibraltar; as formações escarpadas de ambos os lados eram chamadas pelos antigos de Colunas de Hércules. É apresentado nas esculturas como um gigante barbado, coberto com uma pele de leão e segurando uma enorme clava. Constitui o símbolo clássico da força.
Saindo do lendário, do mítico e do símbolo, passemos à realidade. Quem já não ouviu falar de loucos ou de pessoas histéricas possuidoras de uma força descomunal e normalmente desproporcional ao físico e que se manifesta em determinadas condições?
É claro que tal força é decorrente do aproveitamento máximo da força muscular pela excitação nervosa. É preciso excluir os Truques, que são muitos:
O Hiperdinamismo ou sansonismo é muito comum nos epiléticos, nos loucos, nos bêbados e em momentos de desequilíbrio psíquico. Mas pode ser também encontrado em ambientes em que incentivam o estado alterado de consciencia (transe, etc), tais como centros de incorporações, exorcismos, etc.
Existem também autênticos fenômenos parapsicológicos de sansonismo por telecinesia. Para a explicação destes fenõmenos, nada melhor do que a palavra de René Sudré: A forma de energia mais habitual nos fenômenos metapsíquicos (parapsicológicos) é a energia mecânica. As mesas se erguem e retornam, os objetos se deslocam, os móveis, etc. A força misteriosa (telergia) que produz esses movimentos constata-se que é análoga á força humana. (em intensidade). Se for capaz de realizar efeitos delicados, também por outro lado não supera a força do homem mais vigoroso.
Entretanto, a literatura registrou casos excepcionais, em que ela (telergia) superou a força humana. Stainton Moses, por exemplo, levantou uma pesada mesa (Telecinesia) que dois homens mal e mal podiam mexer;e Daniel Dunglas Home provocou a levitação de um piano; Eusápia Paladino levantou uma mesa com um homem em cima; a mesma Eusápia, na presença do pesquisador Lombroso, movimentou um dinamometro com força equivalente a 110 Kg.
Nestes casos, acontece o fenômeno chamado de Polipsiquismo, em que na realização do fenômeno em questão (telecinesia) são empregadas a telergia também de alguma pessoa que está perto assistindo o fenômeno, se impressionando com ele, e que inconscientemente, deseja a relização do fenômeno e acaba também realizando o fenômeno em "parceria" com o agente. (sem saber, é claro).
Deve-se registrar que a força empregada nunca supera a força humana. Jamais se viu, mesmo nas manifestações mais violentas, derrubar uma parede.
A realidade objetiva e sem paixões, nos mostra que qualquer fenômeno em que de alguma forma entra em jogo uma força especial, esta força é humana, desencadeada consciente ou inconscientemente, mas sempre humana, com ou sem a pequena colaboração polipsíquica. O fantástico e o inexplicável serão fruto da imaginação ou de interesses particulares, excluídos os truques.
Trata-se do aproveitamento, inclusive ao máximo da força muscular e nervosa numa dimensão humana. Tenha-se em conta que certas situações parapsicológicas podem aumentar a tensão nervosa e muscular, bem mais notavelmente do que um ataque histérico ou de loucura.
Portanto, nem Sansão, nem Hércules, nem demônios, nem qualquer ser do além ou sobrehumano; mas o próprio ser humano, mesmo franzino, é o autor de forças, em certas situações, superiores ao normal.

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