Além das Intuições

O mundo do jeito que você nunca viu!

Caros leitores, por falta de experiências paranormais com todas as pessoas que leem este site, não tenho recebido muitos casos de experiências parapsicológicas para alimentar os weblinks deste quadro do blog "Além das Intuições".
Porém, não será por isso que este quadro se encerrará. Comigo, muitas experiências paranormais teem acontecido, mas não sei bem se o que vou lhes falar ocorreu comigo ou com o indivíduo em questão. Tudo começa no domingo dia 25/09/2011, aproximadamente

INTRODUÇÃO.
É a ciência que tem por objeto, a comprovação e a análise dos fenômenos paranormais, à primeira vista inexplicáveis, que apresentam, porém a possibilidade de serem resultados das faculdades humanas. Embora a Parapsicologia, como ciência, tenha sido reconhecida há muito pouco tempo, os fenômenos ditos paranormais vêm nos acompanhando desde os primeiros tempos da história do homem.
O que a parapsicologia tem com a psicanálise ? Freud vivem numa época em que o ocultismo se confundia com o fenômeno que hoje conhecemos como metapsíquicos ou paranormais. A psicanálise não podia portanto se envolver naquelas cogitações, uma vez que o ocultismo fugia da base dos fatos objetivos resultantes do inconsciente. Além disso, Freud era racionalista e só admitia aquilo que pudesse explicar através da razão. Por outro lado acahava que o aviso telepático em nada vinha alterar a produção do sonho, pois a “telepatia nata tem haver com a essência do sonho, dizia ele”. Inicialmente com Charcot com a hipnose e posteriormente sobre a influência de Ferenczi e Jung disse que “aceitar a telepatia era um passo de grandes conseqüências” e “Na transmissão do pensamento, uma mensagem verbal se transforma em uma onda ou raio de natureza inteiramente desconhecida, tal como ocorre em uma comunicação telefônica ou telegráfica e que, so ser recebida, é convertida em termos psíquicos. Na telepatia espontânea o que se verifica é um íntimo laço emocional entre duas pessoas de tal modo que se algo ocorrer com ‘A’, imediatamente ‘B’ perceberá o que se passa com ‘A’.” Porém esclarecemos que PARAPSICOLOGIA NÃO É PSICANÁLISE logo não faremos uma abordagem pela ótica da psicanálise e sim pelo viés da parapsicologia.
A divulgação das explicações científicas dos fenômenos parapsicológicos traz ao campo da ciência o que até agora se encontrava no terreno da superstição. Estabelece as verdadeiras dimensões da realidade. Evita os perigos e consequências negativas das interpretações erradas.
É a Psicologia a primera a receber contribuições preciosas da Parapsicologia. Desejos, revoltas inconscientes, ou mais ainda, o próprio inconsciente que vai se revelando através de todos estes fenômenos. A Parapsicologia nos tem ensinado que o consciente não é mais do que uma pequena camada de reduzida espessura que recobre um oceano.
O terreno da Psicopatologia é campo ainda pouco explorado. E os fenômenos parapsicológicos nos revelam grande parte dessa área oculta do homem. Por isso os que enfrentam as duras realidades das limitações médicas, neste vasto setor que envolve uma parte tão grande das doenças da espécie humana, apreciariam a necessidade de uma investigação cuidadosa do problema.
Muitos fenômenos classificados pelos católicos como místicos. E como do além por algumas doutrinas, são perfeitamente idênticos entre sí. (e idênticos aos surgidos em muitos outros ambientes: demonológicos, lamismo, tibetano, espírita, ufos, yoga, hindú, etc...). Na realidade trata-se de fenômenos puramente parapsicológicos de todas as épocas e de todos os povos, fenômenos humanos, embora interpretados de maneira completamente diferente segundo as diversas concepções das várias civilizações e culturas. Fenômenos autenticados com provas válidas de verdade históricas.
Outro aspecto da importância da Parapsicologia é o estudo do Milagre. A ninguém escapa a importância científica, social e pastoral que a Parapsicologia pode alcançar do estudo do Milagre. Dado que os milagres têm um aspecto histórico e fenomenológico, em nosso mundo, também é objeto de estudo da Parapsicologia, que precede ao estudo da Teologia.
Mas, através dos tempos, tais fenômenos vêm recebendo interpretações características de cada época e de cada povo, muitas vezes atribuindo fatos, facilmente explicáveis pela ciência atual, à obra de deuses ou ainda taxando de sobrenatural sem se preocupar com maiores explicações. Até hoje há quem prefira simplesmente negar a existência de fenômenos que pareçam um tanto estranho e agir como um cego que não percebe evidências que acontecem ao seu redor.
Porém, desde o século passado, algumas pessoas começaram a se interessar por estes fenômenos que aparentemente não se enquadram dentro da lógica a que estamos acostumados. Procuraram estudá-los sem dar uma interpretação mitológica, mas aceitando sua existência como fatos reais e investigando as suas origens e ocorrências.
Por ser uma ciência relativamente nova, a Parapsicologia está sujeita a controvérsias, e dentro do próprio grupo de países onde é reconhecida como ciência, pode ser dividida em vários ramos de acordo com as interpretações dadas a cada tipo de fenômeno. A Parapsicologia, porém deve estudar imparcialmente a ocorrência dos casos paranormais, sem qualquer interpretação preconceituosa.

A HISTÓRIA DA PARAPSICOLOGIA.
A investigação dos “fenômenos ocultos”, tem suas origens há muitos séculos atrás. Há indícios que os antigos iniciados da Índia chegaram a estudos avançados, que foram transmitidos da Caldéia e do Egito. Estes ensinamentos eram guardados com sigilo rigorosíssimo, sendo que os próprios realizadores dos prodígios desconheciam explicações mais profundas e atribuíam suas capacidades a forças extraterrestres.
Poucos eram os interessados nas verdadeiras explicações, mesmo porque a ciência ignorava tais magias. Apenas estudiosos isolados, os ocultistas Basílio, Valentino, Paracelso, Avicena e Agripa se destacaram. Os interessados foram ainda mais reprimidos durante vários séculos, pelo risco de serem considerados bruxos e serem levados à fogueira.
A explicação dos fenômenos misteriosos sempre foi uma preocupação da huimanidade. De um lado, encontramos as explicações supersticiosas que vão atribuir tais fenômenos ao sobrenatural (Demônios, fadas, espíritos de mortos, etc); por outro lado encontram-se aqueles que estudam cientificamente tais fenômenos; este último é o campo de estudo da Parapsicologia.
Charles Richet, em 1905, introduziu a denominação de Metapsíquica ao estudo dos fenômenos misteriosos. Dividiu a história da Metapsíquica em quatro períodos. O primeiro período inicia-se com a própria humanidade e termina com Mesmer (1778): é o período mítico.O segundo período é o magnético, que vai desde Mesmer até as primeiras manifestações espíritas das irmãs Fox (1847). O terceiro é o período espiritista: estende-se desde as irmãs Fox até Willian Crookes (1847-1870). Finalmente o quarto e último período seria o período cientifico, que se iniciou com Willian Crookes (em 1870) e se estende até a época atual.
Em 1870, um químico de grande projeção, Willian Crookes publicou o resultado das observações feitas durante anos com as irmãs Fox e Daniel Dunglas Home. São as primeiras pesquisas sistemáticas com finalidade ciêntifica sobre os fenômenos do espiritismo moderno, embora como não podia deixar de ser, com muitas falhas, tratando-se de um campo novo e difícil.
Em 1882, abalizados investigadores fundaram a Society for Phychical Research (Sociedade de Pesquisas Psíquicas) em Londres. Em breve surgiu uma filial com o nome nos Estados Unidos. No decorrer dos anos, em vários países surgiram sociedades semelhantes.
O termo parapsicologia, ao que tudo indica, foi usado pela primeira vez por Max Dessoir em 1889, sendo Jules Bois, o principal popularizador do termo.
No começo deste século, investigações universitárias foram feitas na Universidade de Stanford e Harvard. Em 1935, constituiu-se o primeiro laboratório de Parapsicologia na Universidade de Duke dirigido por J.B. Rhine.
Em 1953, a Parapsicologia foi reconhecida oficialmente como ciência no Congresso Internacional de Parapsicologia, organizado pela Foundation International of Parapsichology pela Universidade de Utrecht, Holanda. Nessa mesma data e Universidade, surge a primeira Cátedra de Parapsicologia. Posteriormente, multiplicaram-se em várias Universidades e Países as disciplinas de Parapsicologia.
Hoje, nos países da ex-cortina de ferro, a Parapsicologia é considerada ciência oficial com aspectos profissionais práticos. Nos Estados Unidos, em dezembro de 1969, ela foi considerada uma disciplina científica pela American Association for the Advancement of Science - AAAS, o que eqüivale ao seu reconhecimento e introdução nos domínios da ciência oficial.
Finalizando, a denominação Parapsicólogo se refere ao pesquisador de fenômenos parapsicológicos, e não ao ser humano que os produz (metagnomo, dotado, médium, etc)

ESCOLAS E GRUPOS DENTRO DA PARAPSICOLOGIA.
Escola Materialista - Na Rússia predomina exclusivamente a Escola Materialista preocupada em estudar os fenômenos que têm explicações fisiológicas. Destaca-se o Instituto de Fisiologia da Universidade de Leningrado e o Centro de Estudos Parapsicológicos, na República Tcheca.
Escola Espiritualista - Dedica-se à investigação dos chamados paranormais, que só admitem explicação quando se aceita a existência de uma faculdade espiritual no homem. Teve como líder J.B.Rhine.
Escola Eclética - É mais desenvolvida pelos países europeus, onde se estudam tanto os fenômenos específicos da escola materialista, como da espiritualista.

A PARAPSICOLOGIA E A ARQUEOLOGIA.
Há quem tema o uso da Parapsicologia como estratégia de guerra e afirme que o grande interesse dos antigos soviéticos nessa matéria era exclusivamente neste sentido. Mas a aplicação que maior interesse desperta dentro da SIFETE é a Parapsicologia na Arqueologia.
A descoberta da cidade de Pompéia foi um exemplo do uso de tais métodos. J. J. Winckelmann insistia em suas escavações orientadas quase que exclusivamente por suas intuições, enquanto era ridicularizado pelos cientistas da época. Até que comprovou e encontrou a cidade que deixou de ser apenas uma lenda.
Outro exemplo significativo é o arqueólogo Henry Layard, que indicava a descoberta de um palácio em Nunrud.
O novo método foi então denominada Arqueologia Intuitiva. Teve sua utilização nas investigações de Heinrich Schemann que descobriu Tróia e Micenas. Tendo como indicação apenas as descrições de Homero, na Ilíada e Odisséia, tidas como mitológicas, orientou-se por suas intuições e chegou ao grande descobrimento. No caso de Schemann não houve apenas intuição. Ele acreditava na idéia de reencarnação, chegando a ponto de batizar sua segunda esposa e a si próprio com o nome de personagens da Ilíada e acreditar estar revivendo as tragédias gregas.
Também o arqueólogo inglês, Arthur Evans fez uso da intuição e da interpretação de textos mitológicos (Teseu e o Minotauro) em suas escavações na Ilha de Creta, em 1900.
Embora tenha sido reprimida pelos cientistas do início do século, a Arqueologia Psíquica voltou a ser encorajada desde os anos 60, através de Radford e J. N. Emerson, da Universidade de Toronto, Jeffrey Goodman da Universidade do Arizona e pela Associação Mediterrânea de Pesquisas da Antigüidade.
Os métodos psíquicos passaram a ser utilizados em estudos sobre a Pré-história do índio americano, obtendo-se a ajuda de sensitivos durante as escavações com 90% de acertos, em relação à idade e origem dos indivíduos.
A rabdomancia é outro método utilizado da Arqueologia Psíquica. Não se sabe se a varinha rabdomante funciona física ou psicologicamente, mas o local certo é encontrado para a escavação. O fluxo de energia que atravessa a varinha é recebido pelo rabdomante, à medida que este desenvolve suas investigações para encontrar um local.
A Psicometria é uma forma especial da Premonição, pela qual o dotado entra em contato com o objeto e, assim, chega à percepção extrasensorial de imagens e informações que eram ou ainda estão relacionadas com o referido objeto. Porém, as possibilidades da Psicometria vão muito além do momento presente; a Telepatia como fonte de informação deixa de existir. A Psicometria que pode levar a visões de cenas que datam de séculos.
Outro método com objetivos semelhantes aos que a Psicometria usa, é a cronovisão que está sendo desenvolvida por um padre beneditino italiano. As pesquisas partem da premissa de, segundo a lei da conservação da energia, os elementos luminosos e sonoros de eventos passados não se perdem, portanto apenas passam por uma transmutação. E, assim transformados, deveriam ser fixados na matéria inorgânica que, não importa quando, era testemunha dos eventos em apreço

PARAPSICOLOGIA E A CIÊNCIA.
O homem desde seus primórdios sempre tentou dominar e transformar a natureza o que implica no conhecimento das leis que a regem. Dominar e saber são fins correlatos. O conhecimento e análise das leis da natureza, as deduções lógicas inferidas a partir delas, o domínio das leis, é o caminho trilhado durante séculos pela ciência. Ciência vem de "scire"; saber, conhecer a realidade. Saber, não opinar; saber a realidade, não o mito.
O medo e a insegurança perante fenômenos aparentemente inexplicáveis provocaram durante milênios respostas míticas. Terremotos, eclipses, cataclismos, epidemias, loucuras foram interpretados das maneiras mais diversas e desconcertantes para o homem culto de hoje. Cada cultura, cada civilização revestiu de colorido peculiar às explicações dadas a tantos fenômenos que pareciam superar a capacidade de compreensão humana: deuses, demônios, espíritos, fadas, larvas astrais, bruxos, feiticeiros, etc foram durante muitos anos responsabilizados por boa parte dos enigmas que a natureza apresenta.
O homem precisava de uma resposta para sentir-se seguro; o nível de conhecimentos científicos ainda não permitia descobrir os verdadeiros "porquês", conseqüentemente a falsidade das explicações dadas provocou um delírio de superstições das quais, até nossos dias perduram os efeitos.
Frente às interpretações míticas do universo, da natureza e do homem, alguns povos da antiguidade conseguiram avanços consideráveis em ciência: saber com argumentos, conhecimento da realidade. Perto de vinte séculos antes da era Cristã, os Caldeus haviam fixado a duração do ano em 365 dias e um quarto, e sabiam predizer os eclipses solares. As primeiras civilizações do Egito e Babilônia tinham umas unidades fixas para medições de peso, comprimento e volume; e aplicavam princípios da aritmética e geometria nas medições da terra e engenharia.
Isso nos faz remontar a um período da história do mundo anterior ao ano dois mil e quinhentos a.C. Três séculos antes de Cristo floresceram na Grécia uma escola filosófica (no sentido etimológico: amigos do saber) que deu um impulso extraordinário à matemática, física e biologia. Euclides, Arquimedes, Héron e Pitágoras.
A filosofia escolástica medieval deu um grande impulso à razão, mas também nela se misturam demasiadamente "argumentos" meramente da autoridade dos grandes mestres. A frase “Magistar Dixit’(o mestre falou) era invocada com muita freqüência pela escolástica; quando alguma pergunta comprometedora ameaçava a rígida estrutura do sistema”.
Platão, Aristóteles e a Bíblia foram a fonte sagrada e inabalável para explicar qualquer fato que provocasse uma reflexão profunda. O método experimental nem sempre era levado a sério e as vezes era considerado tabú. A partir de Copérnico (1473-1543), para citarmos um nome significativo, o estudo e análise dos fatos foram substituindo cada vez mais a tendência medieval de racionar preferentemente em torno de questões que estivessem dentro dos limites da autoridade dos grandes mestres e da Igreja. Depois dele, Galileu aplicou o telescópio à observação do firmamento e fez descobertas escandalosas para a época, a tal ponto que as "autoridades" estavam convencidas de que ele deturpava os fatos.
Com homens como Copérnico, Kepler, Galileu, Descartes, Newton e outros contemporâneos, foi se firmando o espirito cientifico. Eles sustentavam que se investigava menos e se acreditava demais, e que os fatos eram tão importantes quanto a razão. Muitas das crenças e interpretações existentes podiam ser verdadeiras, mas os cientistas precisavam confrontá-las, na peneira dos fatos, quando o tema não fosse exclusivamente transcendente. Esse espírito de observação e análise do fato em si permitiu a acumulação gradativa de dados, da qual resulta, em grande parte, a ciência de nossos dias. As explicações míticas e supersticiosas dos fenômenos observáveis, sem base no que é constátavel, foram sendo revisadas com espírito de investigação, interessado em observar, medir, pesar e empregar instrumentos de precisão para ajudá-lo a fazer observações exatas.
Este modo de estudar o fato veio a se consolidar definitivamente no século XIX, quando teve início, o que comumente é chamada de "era cientifica". A partir deste momento origina-se o imenso esforço de organização e análise dos fatos, de medição exata dos fenômenos. Sistematizam-se os resultados; estabelecem-se leis. As teorias são confrontadas com a realidade. Fixam-se princípios; criam-se regras e os métodos de investigação são criticados e depurados. O mundo envereda definitivamente pelo caminho da ciência. E acredita-se que a descoberta da realidade depende de um método rigoroso que incluiria, como geralmente se admite, os seguintes elementos:
a) Coletas de fatos. Observação e medição se forem mensuráveis.
b) Elaboraçao de uma hipótese ou teoria visando o agrupamento e melhor compreensão dos fatos e suas causas: ilndução e invenção.
c) Exame crítico da hipótese, no esforço de torná-la razoável. Qual o significado da hipótese? Simplificação e dedução.
d) Comparação das deduções com os fatos observados. Verificação. Mas infelizmente, chega-se também ao exagero, a ponto de a palavra ciência se transformar numa caricatura da ciência, confundindo verdade ou realidade com aquilo que pode ser mensurável direta e materialmente. Imbuídos com este espírito de se aceitar como verdadeiro aquilo que possa ser experimentado pelos instrumentos quantas vezes se quiser, muitos cientista concentraram seus esforços na análise daquilo, e só daquilo, que podia ser medido mais ou menos facilmente, pesado, tocado, etc. Concentravam-se esforços para estudar a natureza e os fenômenos que a matéria apresentava. Daí o grande passo dado pela física, química e biologia.
Em meados do século XIX, estes mesmos cientistas que se esforçam por desentranhar os mistérios da natureza defrontam-se também com uma série de acontecimentos, não menos misteriosos, que aparentemente se dão com o homem: conhecimento do futuro, clarividência, comunicação à distância, entre duas ou mais pessoas, de sentimentos, emoções, imagens, pensamentos, etc, sem intervenção dos sentidos, movimento de objetos à distância sem causa aparente, etc. Homens de espírito inquieto, verdadeiros cientistas, dedicam-se ao estudo desta fenomenologia. O objetivo deles é incorporá-la ao campo da ciência, isto é, estudá-la sistematicamente para demonstrar se é real, se de fato estas coisas aconteceram e acontecem ou se são produtos da imaginação de mentes doentias; e em caso positivo, a que se devem, quais as suas consequências. Surge assim, a investigação psíquica.
Em 1882 funda-se em Londres a S.P.R. ("Society for Psychical Research"). Eminentes personalidades no mundo da ciência formam parte desta sociedade de pesquisas, cujo objetivo é o estudo sistemático dos fenômenos "misteriosos" relacionados com o homem. A S.P.R. dá os primeiros passos em busca de um método adequado ao objeto do estudo. Recolhe milhares de casos espontâneos entre a população inglesa; seleciona os mais significativos, após minuciosa triagem e inicia a difícil tarefa de propagar a urgência e necessidade do estudo desta fenomenologia excitante, misteriosa e muitas vezes, aparentemente, em choque com a bem comportada e auto-suficiente "ciência oficial". A exemplo da S.P.R. de Londres, outras sociedades de pesquisas psíquicas surgiram em diversos países, como a "American Society for Psychical Research” publicando revistas e periódicos cujo objetivo sempre foi interessar cada vez mais a opinião científica para empreender o urgente trabalho de investigação séria e sistemática.
Em 1934 Joseph Banks Rhine publica uma obra "Extra Sensory Perception". A partir deste livro e devido ao uso da estatística matemática na avaliação das pesquisas. Entretanto a Parapsicologia enfrentou, e em muitos países ainda hoje enfrenta, ataques para ganhar um lugar ao sol no mundo cientifico. As causas são várias e complexas. Tentemos sistematizar as principais:
a) A confusão gerada pelos pseudoparapsicólogos. Todas as ciências tiveram seus antepassados "plebeus". A química é filha da alquimia; a medicina, do curandeirismo; a astronomia, da astrologia. A Parapsicologia também tem seus antepassados no ocultismo, esoterismo, magia, feitiçaria, espiritismo, etc. Sendo a Parapsicologia uma ciência recente, suas fileiras ainda estão poluídas por grande número de pseudoparapsicólogos, que semeiam a confusão e enganam a opinião pública, dando vazão às suas superstições e chantagens “científica”, encoberta sob o manto novo e atraente do titulo "parapsicólogo".
b) Os fracassos das experiências sistemáticas com médiuns: Os primeiros pesquisadores psíquicos com o anseio de chegar rapidamente a resultados positivos, usavam frequentemente dos médiuns profissionais como sujeitos de experimentação. Cedo perceberam que empregavam muito mais tempo e energias em descobrir os truques usados pelos "profissionais do além", do que no trabalho de pesquisa dos fenômenos em si. A mediunidade em goral tornou-se desacreditada pela extrema dificuldade em traçar uma linha nítida entre a realidade parapsicológica e a fraude deliberada, o autologro inconsciente, ou as pequenas trapaças das experiências de insucesso. "No entanto, as experiências em laboratório, para controle da pesquisa moderna de percepção extrasensorial, por exemplo, destinam-se a excluir o logro consciente ou inconsciente tanto quanto humanamente possível; e os controles são rigorosos às vezes, até mais do que em qualquer outro campo de pesquisa. Tanto mais que os "sensitivos" são por definição sensíveis, isto é, mais emotivos do que racionais, frequentemente imprevisíveis, algumas vezes histéricos" Foi por isso que os pesquisadores trocaram os pitorescos salões à meia luz, das sessões espíritas, pelas frias salas dos laboratórios de experimentação à prova de fraude, e substituíram a experimentação em sessões espíritas programadas, pela análise dos casos espontâneos.
c) O ponto de atrito com a ciência clássica: Os fenômenos parapsicológicos, pela sua relação e vinculação histórica, despertam em muitas mentes, inclusive de pessoas cultas, um certo temor, chegando a confundir a Parapsicologia com termos tais como mítico, esotérico, ocultista, mágico, ou em outra ordem de coisas, religioso, diabólico, milagroso. Esta identificação prejudica o bom entendimento do que seja ou não seja a parapsicologia. Muitos cientistas, ainda hoje, não aceitam o cunho científico da Parapsicologia por considerá-la a prióri, uma versão moderna desse submundo mórbido das chamadas ciências ocultas, ou em outro plano, do mundo transcendente do sobrenatural e fora da verificação cientifica. Século atrás, em nome da Biblia, erroneamente interpretada, negava a Galileu o direito do publicar a constatação dos fatos.
d) As dificuldades metodológicas: Aludimos anteriormente que muitos homens de ciência possuem a tendência de afirmar que, para se esperar deles uma consideração séria dos fenômenos parapsicológicos, deve-se provê-los de uma técnica experimental mediante a qual possam observá-los e repetí-los à vontade. Exigem que estes tipos de fenômenos sejam equiparados com os fenômenos ordinários dos laboratórios físicos ou químicos. Ora, a experimentação parapsicológica demonstra que os fenômenos parapsicológicos são espontâneos e diretamente improvocáveis. Mas será que esta dificuldade implica em que estes fenômenos sejam realmente ilusórios?
O único meio que conhecemos para chegar a descobrir os fatos que acontecem no inconsciente é esperar que estes se manifestem em nível de observação consciente. Tudo quanto podemos fazer é colocar a pessoa nas condições em que a experiência demonstrou que costumam acontecer tais fenômenos. Isto, às vezes, se consegue através de transe hipnótico provocado das maneiras mais diversas.
Mas não parece razoável, para que a observação possa ser válida cientificamente, exigir um controle repetível à vontade, comparável aos obtidos nos laboratórios físicos. Em Parapsicologia, caminhamos como se fossemos avançando em terras de um continente desconhecido, mas já se tem chegado a um grau de observação de importância considerável. A repetibilidade, à vontade, faz referência à facilidade da observação, não ao valor científico. É fácil estudar um fenômeno físico. É infinitamente mais difícil analisar um fenômeno parapsicológico.
"Quanto mais difícil seja aceitar a existência dos fenômenos - disse Laplace, tanto maior é o dever de investigá-lo minuciosamente". Não é de teor científico negar a existência real de um fenômeno porque este foge às leis e parâmetros usados na penetração do mundo físico.
Portanto, a objeção de que a Parapsicologia não é ciência porque os fenômenos que estuda não podem ser repetidos à vontade, é inaceitável. Este mesmo "argumento" levaria a rejeitar o cunho do científico a toda uma ordem de fatos que não apresentam o estrito determinismo da física - química. Existem, porém, fatos naturais que fogem à reprodução experimental (a meteorologia, a astronomia, a história, por exemplo). Embora a Parapsicologia estude os fenômenos à margem do comum, estas "anormalidades" podem ser observadas e além do mais, classificadas e ordenadas em grupos naturais, fazendo analogia real e prestando-se a uma classificação científica.
A Parapsicologia é uma disciplina tão científica como qualquer outra das consideradas ciências clássicas. Sua metodologia, tão rigorosa que poucas ciências têm suas "verdades" tão provadas quanto à da Parapsicologia. E sua importância para descobrirmos quem é o homem, é tão urgente que é de se desejar vivamente sua inclusão nos currículos universitários com a máxima rapidez possível.

PARAPSICOLOGIA E A HIPNOSE.
Parapsicologia e Hipnose, duas disciplinas aparentadas, senão por seus objetivos, ao menos pelo desenrolar de suas histórias agitadas. Poucos temas científicos deram lugar a tantas controvérsias, denúncias, avanços e recuos. Quantas comissões de investigação foram criadas desde o século XIX para dar veredicto científico dos fenômenos hipnóticos e parapsicológicos; Quantos mistificadores alimentaram suas crendices na aura de aparente mistério que envolve estas disciplinas.
O fim do século XVIII viu surgir um revolucionário método de cura criado pelo Dr. Mesmer, médico de Viena, que lançaria a teoria dos fluídos ou magnetismo animal. Seus pacientes, em contato com uma tina cheia de água "magnetizada", e em contato também uns com os outros, entrariam em convulsões cada vez mais violentas até atingirem o "climax", o relax e às vezes o desaparecimento dos sintomas. Baldes com água, ímans e outros objetos mgnetizados serviam como instrumentos terapêuticos.
Porém, os fatos existem para quem não quer fechar obstinadamente os olhos. Cientistas de prestígio estudaram a hipnose, desmentiram as teorias mirabolantes de Mesmer, Puységur e outros iniciadores, mas não puderam desmentir os fatos apresentados por aqueles. Analisando os fatos, formularam teorias mais de acordo com as manifestçãoes e encarando críticas, ceticismos e dúvidas conseguiram arrancar a hipnose da feitiçaria, encantamentos e sobrenaturalismos gratuítos.
Também a Parapsicologia passou pela etapa de grosseiras interpretações dos fatos: espíritos dos mortos, demônios, entidades do aém foram tentados pela isca de pesquisadores menos avisados. Surgiram teorias que hoje consideramos ingênuas. Mas, aos poucos, o joio foi separado do trigo, chegando-se a conclusôes sólidas. A Parapsicologia ganhou um lugar ao sol no restrito mundo da Ciência uma vez que conseguiu provar definitivamente os fatos e suas relações com o ser humano vivo.
Não obstante as relações e as interpretações mais recentes, ninguém pode ainda descrever com precisão científica absoluta as modificações da personalidade e do cérebro de um indivíduo hipnotizado ou de uma pessoa no momento de uma percepção extrasensorial.
Ambas disciplinas apresentam problemas ainda não resolvidos. As duas passaram também por períodos de êxito e de decadência. E as dúvidas, objeções e críticas sobre elas lançadas devem-se também a seus contatos, às vezes demasiado frequentes, com a charlatanice, truques, comédias e ocultismo, o que levou muitos pesquisadores sérios a se afastarem destes dois campos de investigação científica tão importantes e necessários para um maior conhecimento do psiquismo humano.
A análise parapsicológica dos casos espontâneos é tão importante quanto as pesquisas de laboratório. Um naturalista poderá estudar até certo ponto o comportamento de um leão na jaula do jardim zoológico, mas esse leão enjaulado não será o mesmo que vive em liberdade nas savanas da Africa. Ao naturalista de gabinete lhe faltariam dados absolutamente essenciais para conhecer a fundo o comportamento dos animais.
Tirar conclusões da relação existente entre hipnose e parapsicologia, apenas baseados nas experiências de laboratório seria correr o risco do naturalista de zoológico; o leão não poderá mordê-lo, nem perseguí-lo, mas também não mostrará ao investigador toda sua força e comportamento.
Não é raro encontrar pessoas que identificam experiências da chamada regressão de idade, como experiências parapsicológicas. O folclore de ocorrências a respeito da "regressão de idade" é vastíssimo e, se encarado com humor, muito divertido. As primeiras tentativas de transformar um adulto de 40 anos numa criancinha de colo foram praticadas pelos americanos. Era evidente para eles que a pessoa hipnotizada e "regredida" assumia por completo as características e o comportamento de um bebê: chorava, gatinhava, tomava mamadeira, etc...
Não satisfeitos com estas proezas, conduziram o hipnotizado às paragens úmidas e quentes de seus tempos de feto. Nada permanecia oculto, era possível recordar tudo, até o momento da concepção; lembrava-se do choque doloroso que o espermatozóide incutia no óvulo.
Em meio ao entusiasmo destas práticas, só os mais sensatos advertiram que um feto nunca falou até hoje e que uma criança de 6 meses seria incapaz de saber o que o hipnotizador está querendo. Por outro lado, existia a prova que mais poderia desestimular este crescente mercado de rejuvenecimento: o adulto é capaz de imitar a posição fetal e é capaz de imitar o comportamento de uma criança, e isto de uma maneira consciente. Surgiu então a maior objeção: não estaria o adulto hipnotizado e "regredido" brincando de criancinha?
Não pretendo negar que a concentração da memória com a ajuda da hipnose permita a algumas pessoas encontrar de novo uns detalhes esquecidos ou reviver acontecimentos muito distantes e apagados de sua memória normal. Isto não seria impossível. Mas o problema está no exagero ou na mistificação de uma técnica, que às vezes pode ser útil, transformando-a na panacéia que ajudaria a curar todos os males do psiquismo. Poucos são os psicoterapeutas que se servem dela nos tratamentos de problemas psicológicos. E os que ainda a usam são conscientes de que o sujeito mesmo hipnotizado pode ser um excelente ator que usa a hipnose como palco de seus devaneios.

O mundo,

acontece nele coisas com as quais você nunca descobriria. Use seu dom, desvende o Universo

Os Paranormais